7 de setembro de 2010

Recomeçar














Como lidar com as marcas de um antigo amor?
Como ultrapassar o desalento de uma paixão não correspondida?
Como encarar o futuro com o coração cheio de cicatrizes?
Como olhar para uma pessoa sem que a experiência do passado condicione a nossa percepção e comportamento?
Como voltar a ter o coração puro?

Será sempre possível começar de novo?

Quero limpar o pó e reunir todos os cacos


Quero limpar o pó e reunir todos os cacos
E recomeçar a edificar a minha vida.
Contigo ou sem ti, vou juntar todos os pedaços
Uma nova aventura, uma nova partida.

Mas quero que saibas que ainda te amo
E isso eu jamais poderei ignorar...
Da minha vida és o principal ramo
Ou de ti cuido, ou terei de te cortar...

Porque sofrimento vão não constrói
E tenho de enveredar pelo meu caminho,
Se comigo não vieres o coração dói,
Se me acompanhares terás o meu carinho.

12 de agosto de 2010

A mão no ombro

Como se tu alumiasses
ainda
cada degrau, cada palavra,
e a noite não fosse
a única porta estranhamente
branca,
eu subia sem conhecer o ombro
onde apoiava a mão.


Eugénio de Andrade

10 de março de 2010

Fado Os Maias

O coração amordaçado,
Bate calado quase, deixou de bater...
Esta paixão, sabe a pecado e dor,
A febre de te ter, mal de amor e prazer.
É ir ao céu e não entrar
Por ser um pecador;
É partir e ficar,
Naufragar num mar de amor.
Nasceu no céu do teu olhar
Um sol abrasador,
Que me seduz com a sua luz e o seu calor...
Há andorinhas a voar
Para o sul no céu azul
E eu a morrer, a sofrer
Por te amar;
E a febre de te ter
A dor de te perder amor
A crescer, a crescer mais.

Letra e Música: John Neschling


22 de junho de 2006

O Amor...

O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.

25 de maio de 2006

Cacos

A minha vida desfez-se em mil cacos...
Para onde quer que olhe só vejo destruição,
Cinzas e poeiras daquilo que foi uma relação.
O meu peito dói, tenso e magoado
Como se um punhal o tivesse atravessado
E por dentro estivesse a rematar um passado.
Ah como é duro e cruel o triste destino
A que tu me condenaste. O que te faltou?
Amor? Carinho? Não chega o que te dou?

O que procuras?
Sexo e aventuras?
Palavras frias e duras?

Eu, para te oferecer, só tenho calor
Daquele que emana da paixão maior,
Não apenas o do corpo e do suor...
E em ti apenas procuro carinho, atenção
Qualquer que seja a forma de retribuição
Desde que seja natural, do coração.

Quero limpar o pó e reunir todos os cacos
E recomeçar a edificar a minha vida.
Contigo ou sem ti, vou juntar todos os pedaços
Uma nova aventura, uma nova partida.

Mas quero que saibas que ainda te amo
E isso eu jamais poderei ignorar...
Da minha vida és o principal ramo
Ou de ti cuido, ou terei de te cortar...

Porque sofrimento vão não constrói
E tenho de enverdar pelo meu caminho,
Se comigo não vieres o coração dói,
Se me acompanhares terás o meu carinho.


Smile.